Estive no limiar.
Aquela estranha porta branca do entremear de luzes e
içadas velas brancas balançando no ar
como linguas lambendo meus olhos e
se rindo de minha fragil humanidade
fui e voltei
voltei mais forte
celebrando cada respiro
voltei
criando
espaços
cobrindo
telas
de cores e liras novas
agora espero aflita
a vinda
do futuro
e nunca mais ousarei ficar
apenas
expectadora em cima do muro