domingo, 28 de março de 2010

\Imagens da fé

A historia da humanidade após o sec.XVIII com o surgimento da fisica newtoniana, que equivalia o homem a Deus passa a ser rasgada no corte da navalha  que a divide entre a ciência e a fé .Assim nosso  cotidiano afetivo e mental passa a ser interceptado por esta altercação entre racionalizar e acreditar, simplesmente acreditar.
O fenômeno da fé, dirá a Psicanálise deriva do desamparo original. E é ele que promove a necessidade deste encontro com algo que iluda o ser humano protegendo-o desta cruel realidade.  Assim, negar esta necessidade, tratá-la unicamente como algo patológico e reprochável  se torna  unica resposta possivel diante de eventos inexcrutáveis.
Diante desta negação de significantes o teologo Paul Tillich em   A Dinâmica da Fé dirá: "O papel da psicanálise (ao invés de negá-la) é justamente trabalhar sobre os “símbolos religiosos caóticos” resultantes da repressão e das ambigüidades da vida. Por essas vicissitudes, os símbolos assumem, freqüentemente, a posição de ídolos. O trabalho analítico é iconoclasta, e isto abre caminho para a criação de símbolos que remetam além de si, e assim expressem adequadamente uma preocupação incondicional......Se a análise leva à cura por suspender as repressões e por favorecer formações substitutivas mais sadias, também é necessário que ela reconheça a capacidade curativa da dimensão da essência. Nesta acontecem curas que resultam da integração da pessoa como um todo: “Isso só a fé consegue fazer. As tensões entre as duas formas de terapia desapareceriam se elas reconhecessem suas tarefas específicas e seus limites determinados.”
Este mundo da Fé, paradoxal, intrigante e mesmo assustador por muitas vezes revelar  capacidades sobrehumanas naqueles que a carregam, tem sido retratado por muitos olhares estetas através dos tempos, acredito que na tentativa de ali desvendar o sentido do poder que comporta.
O fotografo  Guy Veloso http://www.fotografiadocumental.com.br/ paraense e captador de imagens desde adolescente é um entre estes mas, impar na capacidade de captar este desamparo concomitante à força poderosa da fè .
Vale a pena para quem puder conferir: em Sampa as fotografias do paraense estarão expostas no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) em julho/agosto e farão parte do catálogo da edição 2010 da Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, que reproduz as obras incorporadas ao acervo – acompanhadas pela biografia dos autores e um texto de apresentação.
Aqui no Rio sua mostra “Alquimia” irá até o dia  30 de abril de 2010, no Ateliê da Imagem Espaço Cultural . Horário: de segunda a sexta das 10h às 21h, sábados das 10h às 17h, o Atelier fica a Rua Pasteur, 453, Urca (perto do Bondinho), Rio de Janeiro-RJ..Ateliê da Imagem Espaço Cultural no Rio de Janeiro.


Quem tem Olhos para ver que veja.

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